segunda-feira, 17 de novembro de 2014

17 de Novembro - Dia Mundial da Prematuridade


Em homenagem a todas as mães, pais e bebés que vivem a prematuridade.
Muitos bebés infelizmente ficam pelo caminho apesar de toda a luta.
Esses pais não conseguem imaginar a sua vida sem este ser tão pequeno e indefeso que muitas vezes nem colo tiveram tempo para dar.
A vida por vezes é muito madrasta...
A primeira fase da prematuridade, o internamento na unidade de neonatologia, pode ser muito dura.
Todos os alarmes que teimam em tocar quando menos estamos à espera, sem sabermos o significado destes. Mas eles tornam-se parte de nós, que quando desligam os monitores quase nos sentimos perdidos com medo de não saber se o nosso filho está bem.
Todos os tubos, para comer, para respirar, para o antibiótico, para o medicamento x, para medir o nível de oxigénio... Realmente assustadores...
As mini fraldas com mini cocós...
Toda a rotina diária de tratar do nosso bebé dentro de uma incubadora... e só assim nos sentirmos um bocadinho pais...
Os avanços e recuos diários...
O aumento diário de peso...
A perda inesperada de peso e o seu significado...
O primeiro colo...uma sensação inexplicável...
Os famosos colos canguru de contacto pele com pele... maravilhoso... um tempo só nosso... canto para ele...
O aguentar o leitinho da mãe no estômago...
As rejeições ao leite da mãe...o sentimento de culpa...
As infecções inesperadas que viram tudo de pernas para o ar e de repente nos dizem: vai depender como ele reagir...
O medo da perda constante...
O ter de acreditar que o nosso bebé vai sobreviver...
Os telefonemas antes de irmos para a unidade...o medo de ouvir a resposta..
A chegada de mais um dia à unidade e o nosso filho não está na incubadora... o pânico do significado...
A passagem da unidade de cuidados intensivos para intermédicos: será que está mesmo pronto?
Será que agora vão ter menos cuidados com ele? Não quero mudar...
A enfermeira x está de serviço que bom posso ir mais descansada para casa...
A enfermeira y está de serviço... ai que eu hoje durmo aqui... não confio nela...
A enfermeira z está de serviço que tristeza hoje não vou poder pegar nele ao colo...
A saída da incubadora para o berço... sem fios... sem monitor... sem oxigénio.... Isso é possível?
O banho de banheira finalmente após semanas a lavar à gato... E se ele cai? E se eu não consigo?
Vesti-lo com fatinhos completos, os lençois e cobertores... será que é suficiente... será que ele respira...
Retirá-lo do berço sem desligar o alarme... aiiiiiii que stress...
As visitas diárias dos médicos: está tudo bem com o meu filho?
O aprender a mamar... a frustação... ele não consegue agarrar...
O aprender a beber no biberão...ele cansa-se muito... Ele não quer... nunca mais vamos sair daqui...
O engasgar-se com o leite e os alarmes todos a apitar...
O aprendermos a ver sem monitor que ele se está a engasgar... a mudar de côr....aiiiiiiiiii
A continuação de altos e baixos...
Finalmente bebeu o biberão todo, será que vamos finalmente para casa?
Sabe bem ter vencido todas estas etapas, mas deixa marcas para sempre...
61 dias de internamento, quase 8 semanas... que pareceram anos dado a intensidade de cada momento...
Por isso aqui fica uma homenagem a quem sobrevive a estas etapas e consegue voltar a uma vida normal, dando muito mais valor a cada momento da nossa vida :)





segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mês de sensibilização da prematuridade - Novembro 1





Um dos pontos tão difíceis para os pais de um prematuro: The Impossible Hug